Após uma passagem por Marte no início do mês, o cometa 3I/ATLAS alcançou esta semana o seu ponto máximo de aproximação ao Sol. Desde setembro, esse intrigante “visitante” interestelar deixou de ser visível da Terra, mas continua a ser monitorado por diversos observatórios e missões espaciais.
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Observações realizadas pelos observatórios STEREO-A e SOHO da NASA e ESA, bem como pelo satélite GOES-19 da agência espacial norte-americana, fornecem novas informações sobre o cometa, que são detalhadas em um novo estudo.
À medida que o 3I/ATLAS se aproximava do Sol, o calor do astro fez com que sua superfície gelada passasse rapidamente do estado sólido para gasoso. O gás formado envolveu o núcleo em uma nuvem brilhante, conhecida como coma, além de gerar uma “cauda”.
Os pesquisadores descobriram que, ao atingir o periélio, o brilho do cometa teve uma magnitude de 9. Se estivesse visível da Terra nessa fase, poderia ser observado por meio de um telescópio, de acordo com o Gizmodo.
A equipe envolvida no estudo identificou que o 3I/ATLAS apresentava uma tonalidade mais azul, o que se alinha com as emissões gasosas que contribuíram para o aumento de brilho.
Conforme os cientistas, o brilho do “visitante” interestelar aumentou de forma muito mais rápida em comparação com cometas da nuvem de Oort, localizada nas fronteiras do nosso Sistema Solar. As características do núcleo do 3I/ATLAS podem esclarecer esse rápido aumento de luminosidade.
Após sua observação por várias missões da ESA e NASA em Marte em outubro, de 2 a 25 de novembro, a missão JUICE (Jupiter Icy Moons Explorer) irá se concentrar no cometa.
Segundo a agência espacial europeia, como a JUICE irá observar o 3I/ATLAS logo após ele ter atingido o ponto mais próximo do Sol, é provável que tenha uma visão privilegiada do cometa em maior atividade, com uma nuvem brilhante de poeira e gás ao redor de seu núcleo e uma longa “cauda”.
Vale lembrar que “visitantes” como o 3I/ATLAS oferecem uma oportunidade única para o estudo de objetos provenientes de fora do nosso sistema solar. Nesse contexto, a ESA está preparando a missão Comet Interceptor, prevista para 2029, que visa posicionar uma sonda no ponto de Lagrange 2, a cerca de 1,5 milhões de quilômetros da Terra, para coletar dados sobre um cometa primitivo que permaneceu inalterado desde sua formação.
