MADRID 22 Set. (EUROPA PRESS) –
A embaixada palestina no Reino Unido realizou nesta segunda-feira uma cerimônia especial para içar a bandeira da Palestina no edifício, um dia após Londres reconhecer o Estado palestino, junto com o Canadá e a Austrália; um passo que foi seguido poucas horas depois por Portugal, medidas aplaudidas pela Autoridade Palestina e criticadas severamente pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
A cerimônia foi presidida pelo representante palestino no país europeu, Husam Zomlot, e contou com a presença de parlamentares, diplomatas árabes e representantes do governo britânico, conforme informou a embaixada diplomática em sua conta na rede social X.
Zomlot, que revelou uma placa com a mudança de nome para Embaixada do Estado da Palestina, destacou que este é um “momento histórico” na cidade onde foi assinada em 1979 a Declaração de Balfour, ao mesmo tempo em que afirmou que esse passo chega “durante a dor e sofrimento inimagináveis pelo genocídio (de Israel) na (Faixa de) Gaza”.
“Esse reconhecimento chega num momento em que a humanidade do povo palestino continua sendo questionada e nossos direitos básicos continuam sendo negados”, disse, antes de ressaltar que “o reconhecimento não se trata apenas de palavras, mas de reconhecer o povo da Palestina, cuja resiliência e coragem são incomparáveis e que resistem à sua eliminação”.
Embora quase 150 países em todo o mundo já reconheçam o Estado palestino — entre eles, a Espanha —, Reino Unido e Canadá se tornaram no domingo os primeiros do G7 a fazê-lo, às vésperas de uma cúpula para a solução de dois Estados que ocorrerá na sede das Nações Unidas no âmbito da Assembleia Geral da ONU e que está sendo promovida pela França e pela Arábia Saudita.
