O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou esta noite, em Aveiro, que não irá simular um espasmo para obter mediatismo, referindo-se ao incidente de espasmo esofágico que afetou o líder do Chega, André Ventura, em maio, o que resultou na sua hospitalização.
“Nós só contamos com a força que temos. Não contamos com as câmaras de televisão. Não contamos com notícias extraordinárias. Não vamos contar que eu faça aqui um espasmo qualquer para passar 15 dias na televisão. Não contamos com nada disso, porque isso não vai haver. Nem eu vou ter um espasmo simulado, nem as câmaras vão andar atrás de nós”, disse Paulo Raimundo.
O secretário-geral do PCP falava durante um comício em Aveiro, com a presença da candidata da coligação que une o PCP e o partido ecologista “Os Verdes” à presidência da Câmara local, Isabel Tavares.
Raimundo afirmou que não sabe o que irá acontecer nas eleições autárquicas de 12 de outubro, mas manifestou confiança de que a jornada de mobilização e esclarecimento em que estão envolvidos trará benefícios e resultados.
“Uns serão resultados do ponto de vista eleitoral e outros serão resultados do alargamento para a luta que vai continuar”, acrescentou.
O líder comunista destacou ainda o esforço realizado pela CDU na elaboração das listas que concorrerão às eleições autárquicas, afirmando que a coligação que junta o PCP e “Os Verdes” é “a única força que, em Portugal continental e na Madeira, concorre a todos os órgãos autárquicos, sejam câmaras ou assembleias municipais”.
Paulo Raimundo mencionou que as listas da CDU contam com 35 mil candidatos, dos quais 45% são mulheres, e destacou também a presença de 12 mil independentes.
“São independentes e não estão aqui para dar a fotografia. Não estão aqui para compor o ramalhete. Estão aqui para ser construtores e protagonistas desta força. Fazem falta. Queremos que sejam mais e queremos alargar ainda mais a CDU a toda essa gente”, concluiu.