Do Negócio Atual à Inovação Futuro: T³ como Novo Modelo para Integração de IA nas Empresas

Do Negócio Atual à Inovação Futuro: T³ como Novo Modelo para Integração de IA nas Empresas

Para as empresas, a Inteligência Artificial pode proporcionar novas oportunidades, resultando em aumentos de produtividade e eficiência operacional. No entanto, a tecnologia também apresenta desafios, incluindo incertezas e receios em relação à sua implementação. A solução proposta pela Beta-i é um novo modelo chamado T³.

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“O T³ formaliza a observação que temos feito com nossos clientes ao discutirmos o tema da IA, e busca ajudá-los a desenvolver e acompanhar a rápida e intensa transformação que todos estamos presenciando”, afirma o cofundador e Head of Future na Beta-i, em entrevista ao TEK Notícias.

De acordo com o responsável, todas as empresas com as quais a consultoria de inovação colabora têm a IA em destaque em suas agendas. Contudo, as organizações ainda possuem percepções confusas sobre como devem adotar a tecnologia. O modelo T³ foi criado para auxiliar as organizações na integração estratégica da IA, dividido em três fases: Trust, Transform e Transcend.

Na visão de Manuel Tânger, “a primeira fase é a de ganhar confiança”. Nesse estágio, é necessário “enfrentar diversas dificuldades”, desde incertezas sobre o funcionamento da tecnologia até questões de conformidade, “buscando literacia por meio da prática, não apenas da teoria”.

A fase de Transform representa um futuro mais próximo, onde a IA deixa de ser uma mera ferramenta para se tornar central na criação de novas soluções, produtos e modelos de negócios, enquanto a fase de Transcend indica uma mudança ainda mais profunda no longo prazo.

Para Manuel Tânger, essa fase implica uma transformação societal tão intensa e sistêmica que, “a percepção do ser, do valor, do dinheiro, do trabalho, da sociedade, das relações com o governo e até a própria noção de empresa” mudará radicalmente.

A Beta-i alcançou uma “imensa clareza” com este novo framework, permitindo “compartilhar essa clareza com os clientes para orientá-los nesse processo”, que também ajuda a reduzir a “ansiedade” em torno da IA e seu uso.

No presente, a maioria das organizações encontra-se na fase de Trust, mantendo suas atividades habituais, com a IA apenas acelerando e aprimorando processos, mas sem uma transformação significativa nos negócios. A transição do “negócio do hoje” para o “negócio do amanhã” continua a ser o principal desafio.

Embora algumas empresas pareçam ter avançado para a fase de Transform, elas estão, na verdade, em um estágio de “Trust sofisticado”. “Ainda há dificuldade em conseguir confiança, isto é, entender os limites do que se consegue fazer com IA”, lembra Tânger. “Trata-se de um processo de aprendizado, tanto legal quanto tecnológico, onde as organizações precisam não apenas se aprofundar no tema, mas também ter a vontade de prosseguir.”

Nesse cenário, as competências em inovação desempenham um papel fundamental, pois “isto é uma transformação, uma mudança de mentalidade, tecnologia e possivelmente de modelo de negócio”, ressalta o responsável. Para avançar nesse percurso, as empresas devem adotar uma abordagem experimental, permitindo testar novas soluções sem receio de falhar e aprender com os erros.

“Uma empresa que já inovava antes da IA encontra-se atrásra em uma ótima posição para continuar inovando e se transformando com a IA”, destaca. Por outro lado, “a resistência à mudança e o medo de experimentar podem tornar esse processo muito complicado.”

Quando se trata de setores mais aptos a dar o “salto” para a fase de Transform, Tânger observa que, curiosamente, essa questão é um pouco “agnóstica” em relação à área de atuação.

“O que realmente diferencia as empresas e cria uma base sólida para uma transformação efetiva é a quantidade de informação estruturada que elas têm em seus sistemas, ou seja, quão bem o conhecimento prático das suas operações já está incorporado nos sistemas de informação”, afirma. “Se isso já for uma realidade, é um excelente começo.”

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