Ana Paula Tavares é a vencedora do Prémio Camões 2025

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A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, exaltou o Prémio Camões 2025 dado esta quarta-feira à poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares, que celebra “a força e a beleza da literatura lusófona”.

“Premiar a Ana Paula Tavares é celebrar a força e a beleza da literatura lusófona”, enfatizou Margareth Menezes, em comunicado divulgado pela Fundação Biblioteca Nacional do Brasil.

“Sua poesia, tecida de memória, resistência e afeto, revela a potência das vozes africanas e femininas que enriquecem os patrimónios culturais. Reconhecemos sua obra como laços profundos que unem Brasil, Angola e todos os países da lusofonia pela arte, pela palavra e pela história compartilhada”, acrescentou.

Na mesma nota, o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi, enalteceu a escolha “extraordinária”.

“Poeta, ensaísta, pesquisadora, ela reúne todas as virtudes que desaguam num compromisso ético. Seu olhar é marcado pela urgência, ao reivindicar as questões da África, do Brasil e de Portugal, atenta aos grandes desafios contemporâneos”, afirmou.

Para Lucchesi, Ana Paula oferece ao leitor “um sentimento profundo do século XXI: o passado e o futuro, em múltiplos gêneros, a partir de uma chave humana e humanitária, poética e civil”.

A poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares, autora de uma vasta obra literária em prosa e poesia e de textos científicos, venceu o Prémio Camões 2025, anunciado pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

Nascida em 1952 em Angola, na cidade de Lubango, Ana Paula Tavares é doutorada em Antropologia da História, pela Universidade Nova de Lisboa.

Estudou História na Faculdade de Letras do Lubango e completou essa formação já em Lisboa, sendo mestre em Literatura Brasileira e Literaturas Africanas de Línguas Portuguesa pela Universidade de Lisboa e doutorada em Antropologia da História pela Universidade Nova de Lisboa, como recorda a biografia disponibilizada pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) no comunicado de anúncio do prémio.

A poeta e historiadora vive atualmente em Lisboa e é docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, colaborando também com várias instituições como investigadora convidada, como o CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o AHNA (Arquivo Histórico Nacional de Angola).

Grande parte da obra de Ana Paula Tavares, autora de vasta obra literária em prosa e poesia e de textos científicos, está publicada em antologias editadas em vários países.

Ao longo da carreira, trabalhou em áreas como a Museologia, o Património, a Animação Cultural, Arqueologia e Etnologia, tendo colaborado com múltiplas organizações, desde a Associação Angolana do Ambiente ao Comité Angolano do Conselho Internacional de Museus (ICOM), Comité Angolano do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) e Comissão Angolana para a UNESCO.

A bibliografia – que se começou a desenhar no pós-independência de Angola – de Ana Paula Tavares é extensa e multifacetada, tendo a Caminho editado uma poesia reunida em 2023, à qual foi acrescentado um livro de originais de nome “Água Selvagem”.

O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa, instituído pelos Governos de Portugal e do Brasil, foi atribuído pela primeira vez em 1989, ao escritor português Miguel Torga.

Segundo o texto do protocolo constituinte, assinado em Brasília, em 22 de junho de 1988, e publicado em novembro do mesmo ano, o prémio consagra anualmente “um autor de língua portuguesa que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum”.

Financiado em partes iguais pelos Governos de Portugal e do Brasil, o Prémio Camões tem o valor de cem mil euros.

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