A Electronic Arts lançou Battlefield 2042 em 2021, visando explorar as capacidades das consolas de última geração. No entanto, a necessidade de compatibilidade com máquinas anteriores limitou as inovações da DICE e suas tecnologias de destruição. Um elemento que parecia promissor, os ciclones causados por condições meteorológicas extremas, foi incorporado, mas acabou por ser criticado, afetando a essência das batalhas online, que são o traço distintivo da série.
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Além disso, muitos outros erros foram cometidos, com uma acumulação de bugs e a ausência de funcionalidades presentes em títulos anteriores, juntamente com mudanças no gameplay que não agradaram aos fãs. Isso resultou em avaliações negativas, distantes do sucesso esperado.
A série Battlefield é um dos pilares da Electronic Arts e para o novo capítulo foram realizadas alterações estruturais nos estúdios envolvidos. O jogo passou a receber colaborações de várias equipes, como a DICE, responsável pela produção e pela tecnologia Frostbite, e a Criterion, que contribui na criação de veículos e outros elementos. Assim, foi formado um novo coletivo conhecido como Battlefield Studios, que conta também com a participação da Motive Studios e Ripple Effect Studios.
Com a intenção de melhorar a percepção negativa deixada pelo título anterior, Vince Zampella, líder da Respawn Studios, assumiu a produção de Battlefield 6. Zampella é um veterano da indústria e tem um histórico de sucesso em jogos como Apex Legends, Titanfall e Call of Duty. Ele também foi responsável por Medal of Honor: Allied Assault, considerado um dos melhores da série. Isso cria expectativas promissoras para este novo capítulo, que apresentará uma campanha narrativa e as intensas batalhas multiplayer características da série.
A versão beta indicou um bom potencial para o modo online, e a campanha, atrásra presente na versão final, é uma boa introdução ao universo das guerras modernas. Embora curta, com apenas nove capítulos e uma duração de cerca de quatro a cinco horas, as missões oferecem variações e reviravoltas, apresentando cenários elaborados reminiscentes das campanhas de Call of Duty.
A campanha se relaciona a um conflito contemporâneo entre 2027 e 2028, onde países membros da NATO se afastam da aliança, surgindo uma empresa militar privada chamada Pax Armata que tenta assumir esse papel global. Os jogadores controlam a equipe Dagger 13, composta por Marines de elite que devem combater essa nova ameaça, navegando por várias localidades e alternando entre diferentes protagonistas, em um formato semelhante ao de Call of Duty.
Veja o trailer:
O novo jogo se inspira em Battlefield 3 e Battlefield 4, tendo recebido um orçamento superior a 400 milhões de dólares. Trata-se de um título que busca o sucesso; caso contrário, circulam rumores sobre o possível desmantelamento de várias licenças e estúdios da Electronic Arts após a empresa ter sido adquirida por um fundo árabe por 55 bilhões de dólares.
A campanha se revela um tutorial abrangente para a experiência Battlefield. Não se trata apenas de cenários visitados em modos multiplayer; há cenas cortadas, diálogos dramáticos e os níveis, embora lineares, oferecem alguma liberdade de exploração. Neste modo, os jogadores terão um primeiro contato com armas, veículos e as mecânicas típicas das classes, desde médicos a engenheiros. Eles terão a oportunidade de controlar jipes, tanques e quads durante algumas missões.
É impressionante como os cenários podem ser destruídos, com edificações colapsando e paredes que se comportam como papelão. O caos é uma constante nas missões. Ninguém está a salvo dentro de uma construção, pois ela pode ser destruída a qualquer momento.
O estúdio projetou cada missão como uma amostra das mecânicas do modo multiplayer, cuidadosamente organizadas em uma variedade de sequências, como perseguições com veículos ou assaltos a tanques de guerra. A variedade de gadgets que os soldados podem utilizar, como drones ou mísseis teleguiados, junto com as armas, gera muitas opções para exploração e diversão.
No modo multiplayer, o foco retorna às raízes da série, com intensos combates entre jogadores e estratégias que valorizam o trabalho em equipe dentro de pequenos esquadrões. As classes dos soldados foram reformuladas, com o retorno das funções Assault, Support, Recon e Engineer, cada uma com seu próprio conjunto de armas e acessórios, adequando-se aos papéis em combate. Os jogadores podem escolher ser médicos, oferecer munições, atuar à distância com rifles de precisão ou se engajar diretamente no combate.
Os mapas variam em tamanho dependendo do modo de jogo, desde amplos campos de batalha para dezenas de jogadores até cenários menores para lutas rápidas. Exemplos incluem áreas urbanas como Saint’s Quarter e campos abertos como Nurak Valley. Os modos clássicos Conquest e Rupture estão disponíveis em Battlefield 6. Todos os menus foram estruturados para facilitar o avanço nas classes e a liberação de novas armas e gadgets, além de permitir a personalização dos soldados com itens cosméticos.
Por fim, o modo Portal funciona como um editor, permitindo que os jogadores criem seus próprios mapas e modos para compartilhar com a comunidade, enriquecendo a experiência de jogo.
Battlefield 6 está disponível para PC e consoles PlayStation 5 e Xbox Series X|S.
