No ano passado, a edição anterior do relatório já havia revelado uma diferença marcante entre a percepção e a preparação. Na ocasião, 90% dos líderes acreditavam que a infraestrutura tecnológica de suas empresas era excelente, mas apenas 39% consideravam que estavam realmente preparados para enfrentar disrupções futuras.
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Embora haja algum progresso, a tensão entre confiança e capacidade ainda persiste. Em comunicado, Martin Schroeter, Presidente e CEO da Kyndryl, afirmou que “existe uma falta de preparação conforme as empresas procuram realizar o valor transformador da IA”.
“Embora 90% das organizações acreditem ter as ferramentas e processos necessários para escalonar a inovação, mais de metade está limitada pelas deficiências de sua infraestrutura tecnológica, e menos de um terço considera que seus colaboradores estão realmente prontos para a IA”, destacou. “Fechar essa lacuna é tanto um grande desafio quanto uma oportunidade que se apresenta.”
Para 87% dos líderes consultados, a IA vai “transformar completamente” as funções dentro de suas organizações nos próximos 12 meses, mesmo que muitos admitam que os colaboradores utilizam pouco a tecnologia e poucos possuem as competências técnicas necessárias.
Os líderes entrevistados reportam um aumento médio de 33% nos investimentos em IA em comparação ao ano anterior, com 68% afirmando investir “de forma significativa” em pelo menos uma aplicação baseada na tecnologia. Contudo, à medida que o investimento cresce, a pressão para demonstrar retorno e proteger o valor criado também aumenta. De fato, três em cada cinco líderes dizem sentir mais pressão este ano do que no anterior.
As empresas que lideram o processo de escalada de inovação, conhecidas como “Pacesetters”, destacam-se por irem além do investimento tecnológico, priorizando a cultura, a capacitação e o alinhamento da liderança.
Em comparação com organizações que ficam para trás, as “Pacesetters” são 32% menos propensas a indicar a infraestrutura tecnológica como um obstáculo à inovação, 30% mais propensas a afirmar que suas soluções em cloud se adaptam a novas regulamentações e 20% menos propensas a terem registrado incidentes cibernéticos no último ano.
Para 70% dos CEOs questionados, a atual infraestrutura de Cloud de suas organizações “resultou mais do acaso do que de um planejamento estruturado”. Apesar dos benefícios da adoção da Cloud, as empresas estão reavaliando onde e como armazenam, processam e protegem seus dados, considerando o ambiente regulatório fragmentado.
De acordo com os dados apresentados, três em cada quatro líderes estão preocupados com os riscos geopolíticos associados à gestão de dados em ambientes de Cloud globais e 65% já ajustaram suas estratégias, seja através da repatriação de dados, revisão de fornecedores ou migração para modelos de cloud privada.
