Duas semanas após ter anunciado mais uma nova frente de guerra comercial com a China, o presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizou neste sábado que está disposto a fazer algumas concessões a Pequim para atenuar as tensões comerciais entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
À margem de uma viagem por países asiáticos, e respondendo a perguntas dos jornalistas que o acompanham sobre as relações comerciais com a China, Trump declarou, citando o Politico, que “claro que eles [chineses] terão de fazer concessões” se quiserem evitar as tarifas adicionais que a administração norte-americana anunciou no início do mês.
E, em seguida, afirmou: “Acho que nós também faremos”, com o intuito de fechar um acordo comercial. Temos uma tarifa de 157% para eles. Não acho que isso seja sustentável para eles. Eles querem reduzir isso, e nós queremos certas coisas deles.”
Na mesma conversa, Trump também ameaçou impor uma tarifa extra de 100% sobre produtos chineses a partir de novembro, caso a China não reverta as restrições mais rígidas impostas às exportações norte-americanas de terras raras.
Quando questionado sobre as possibilidades de seguir em frente com essa tarifa extra de 100%, Trump repetiu: “Não sei. Não tenho chances. Não acho que eles queiram isso. Não seria bom para eles.”
Essas declarações ocorrem a poucos dias de um possível encontro entre Trump e Xi Jinping, o presidente chinês, à margem da Cimeira de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (ASEAN), que acontecerá na Coreia do Sul na próxima semana.
No encontro com Xi, Trump também deve abordar as compras de petróleo russo pela China no contexto da guerra de Moscovo na Ucrânia.
“Adoraria que a China nos ajudasse com a Rússia”, disse o presidente dos EUA. “Impusemos sanções muito pesadas à Rússia. Acho que essas sanções serão muito severas, muito fortes; mas gostaria de ver a China ajudar-nos.”
