A Fiscalia portuguesa investiga os cartazes eleitorais da ultradireita contra minorias raciais

A Fiscalia portuguesa investiga os cartazes eleitorais da ultradireita contra minorias raciais

MADRID 11 Nov. (EUROPA PRESS) –

A Fiscalia portuguesa abriu uma investigação sobre os cartazes eleitorais de André Ventura, líder do partido de ultradireita, Chega, e candidato às eleições presidenciais, que contêm mensagens contra minorias raciais como ciganos ou bengaleses.

Estão em foco os polêmicos cartazes lançados pelo Chega com frases como “Isto não é Bangladesh” ou “os ciganos devem cumprir a lei”, que várias organizações sociais criticaram e solicitaram a sua retirada. Depois disso, o Ministério Público recebeu várias queixas que “deram origem a uma investigação que está em curso na Fiscalia Regional de Lisboa”, adiantou o jornal português ‘Publico’.

Os cartazes eleitorais do Chega têm sido objeto de debate em Portugal nas últimas semanas, especialmente criticados por formções de esquerda que entendem que o partido ultra comete ataques racistas a minorias sociais.

Até atrásra, Ventura se recusou a retirar os cartazes e insistiu na sua liberdade de expressão para realizar sua própria campanha eleitoral. “Em uma democracia não se derrota os opositores impedindo-os, nem ordenando que seus cartazes sejam retirados, nem mandando retirar seu discurso, nem silenciando-os”, indicou recentemente sobre a polêmica.

O candidato de ultradireita está centrando sua campanha em mensagens contra a imigração proveniente de países muçulmanos e recentemente atacou mulheres que usam burca em Portugal. “Se você quer usá-lo, é fácil, volte para seu país de origem. Pegue um voo para a Arábia Saudita ou Afeganistão, mas não aqui”, afirmou.

Não é a primeira vez que a Fiscalia abre investigações contra a campanha do Chega; nas eleições legislativas do passado mês de maio, já investigou o discurso de Ventura contra imigrantes e a comunidade cigana. Nessas eleições, o Chega obteve seus melhores resultados de sempre, elegendo 60 deputados no Parlamento e tornando-se o segundo partido do país, à frente do Partido Socialista.

O líder do Chega concorre às eleições presidenciais do próximo 18 de janeiro, nas quais o atual presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, não poderá concorrer à reeleição após dois mandatos. Ele enfrentará Luís Marques Mendes, representando o partido no poder, o Partido Social Democrata (PSD), e o socialista António José Seguro.

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