CAC 40 recua mais de 1,5% com temor de bailout e arrasta mercados europeus para sessão negativa

CAC 40 recua mais de 1,5% com temor de bailout e arrasta mercados europeus para sessão negativa

As bolsas europeias estão em baixa esta terça-feira, marcadas pela instabilidade política em França, após o primeiro-ministro François Bayrou anunciar que apresentará uma moção de confiança a 8 de setembro, na tentativa de obter apoio às suas propostas orçamentais.

O CAC recua 1,51%, com o setor bancário a ser o mais afetado, impactando o sentimento em toda a Europa.

O PSI perde 0,24% a meio da manhã, influenciado pela queda de 2,85% das ações dos CTT, após a empresa liderada por João Bento ter anunciado que os Correios irão suspender temporariamente o transporte de remessas postais de bens para os EUA a partir de terça-feira, 26 de agosto, devido à descontinuação da isenção de direitos aduaneiros sobre mercadorias importadas nos EUA. O anúncio foi feito na segunda-feira pelos Correios, seguindo a decisão de principais empresas europeias do setor. Enviados entre particulares com valores inferiores a 100 euros estão isentos.

A Mota-Engil é outra empresa que lidera as perdas da sessão, com uma queda de 2,50%. A Corticeira Amorim também registra uma correção de 1,02%.

O BCP cai 1,17%, refletindo o ambiente negativo que afeta toda a Europa, embora tenha recebido um upgrade de preço-alvo.

Em contraste, a EDP Renováveis e a EDP estão a recuperar das perdas de ontem, e ambas estão em terreno positivo.

A EDPR sobe 1,64% e a EDP 0,81%. A Galp valoriza 0,18%, e a Jerónimo Martins avança 0,48%.

Nas principais praças europeias, o cenário é de queda, com o espectro de um bailout pairando sobre as economias francesa e britânica.

O FTSE 100 cai 0,58%; o DAX perde 0,35%; o FTSE MIB italiano desce 0,74%; e o IBEX recua 0,78%. O índice da bolsa grego lidera as perdas, caindo 1,79%, enquanto o AEX holandês não escapa, descendo 0,29%.

A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, foi aconselhada a cortar drasticamente os gastos públicos para evitar que a Grâ-Bretanha necessite de um resgate financeiro semelhante ao da década de 1970. O ministro francês da Economia, Finanças, Segurança Industrial e Digital, Eric Lombard, indicou esta terça-feira que há risco de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter que intervir na economia se o governo minoritário do primeiro-ministro François Bayrou cair no próximo mês.

A economia alemã também não está em boa situação, tendo contraído 0,3% no segundo trimestre em comparação com os primeiros três meses do ano. “O Estado social que temos hoje não pode mais ser financiado com o que produzimos na economia”, disse Merz durante uma conferência esta semana.

Outro ponto marcante da sessão é que o presidente Donald Trump ordenou ontem a demissão de Lisa Cook, uma diretora do Federal Reserve (Fed), ao acusá-la de fraude hipotecária, aumentando a pressão sobre o banco central dos Estados Unidos.

A cotação do barril de Brent para entrega em outubro está em 67,76 dólares, recuando 1,51% em relação ao fechamento de ontem.

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