Esta promete ser uma semana emocionante para os aficionados pela observação astronómica. Além da chuva de meteoros das Oriónidas, que alcançará o seu pico no dia 21 de outubro, dois cometas passarão perto da Terra nos próximos dias e têm tudo para oferecer um “espetáculo” no céu noturno.
O primeiro cometa a fazer a passagem é o C/2025 R2 SWAN, que está no seu ponto mais próximo da Terra hoje, a apenas 0,261 unidades astronómicas (UA), o que equivale a mais de 39 milhões de quilómetros.
De acordo com o site StarWalk, no dia 12 de setembro, o cometa alcançou o periélio, passando a 0,5 UA do Sol, com um brilho variando entre 6,5 e 7 na magnitude.
Este cometa é visível em ambos os hemisférios, norte e sul. Algumas previsões mais otimistas sugerem que o seu brilho poderá atingir uma magnitude de 4, tornando-o visível a olho nu. Entretanto, devido à natureza imprevisível dos cometas, isso não pode ser garantido.
A partir do dia 21 de outubro, o cometa C/2025 R2 SWAN continuará o seu percurso, saindo da constelação de Sagitário e passando pelas constelações da Águia, Capricórnio e Aquário nos dias seguintes. Finalmente, no dia 3 de novembro, o cometa cruzará o equador celeste em direção ao norte, iniciando sua jornada de retorno ao exterior do nosso sistema solar.
O cometa Lemmon, ou C/2025 A6, estará no seu ponto mais próximo da Terra no dia 21 de outubro. Segundo o site StarWalk, este cometa será visível a olho nu no hemisfério norte até o dia 2 de novembro.
Espera-se que o cometa atinja o pico de brilho entre os dias 31 de outubro e 1 de novembro. Neste período, o brilho pode chegar a uma magnitude de 4, mas diminuirá rapidamente depois. No final de novembro, o cometa C/2025 A6 será quase impossível de observar a partir do hemisfério norte.
O cometa Lemmon tem sido registrado por vários observadores e, enquanto se prepara para o acompanhar nos céus, você pode conferir alguns registros na galeria a seguir, incluindo imagens captadas por astrofotógrafos como Miguel Claro e Rui Santos do projeto Living Impressions.
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Embora apareça em fotografias como um traço verde brilhante com uma longa cauda, a olho nu, o cometa Lemmon se apresenta como uma estrela difusa e tenue. Com binóculos, é possível distinguir um ponto mais claro com um núcleo radiante e uma pequena cauda direcionada ao Sol.
Lembre-se de escolher um local afastado da poluição luminosa das cidades para aproveitar melhor a observação dos cometas C/2025 R2 SWAN e C/2025 A6. Se precisa de ajuda para encontrar o melhor local, aplicativos como Star Walk 2, Sky Map, Nightshift ou Heavens Above, entre outras opções disponíveis para Android e iOS, podem ajudar.
Se não estiver em um local com boas condições de observação, você pode optar por acompanhar uma transmissão ao vivo do Virtual Telescope Project, programada para hoje às 18h30 (hora de Lisboa), no YouTube.
No dia 21 de outubro, a chuva de meteoros das Oriónidas também atingirá seu pico, permitindo observar até 20 estrelas cadentes por hora no céu noturno. As melhores condições para observação ocorrerão durante a madrugada, por volta das 02h00.
Este fenômeno, que se estende até o dia 22 de novembro, é proveniente dos detritos deixados pela passagem do cometa Halley, surgindo da constelação de Orion.
