Após momentos de incerteza no início, quando a empresa espacial de Jeff Bezos interrompeu a contagem decrescente, o foguetão efetuou o lançamento a partir da base da Space Force em Cabo Canaveral, Florida, às 15h55 locais (20h55 em Lisboa).
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Aproximadamente quatro minutos após o lançamento, o propulsor “Never Tell Me the Odds” se separou do New Glenn, retornando à Terra enquanto o foguete continuava sua trajetória. O booster aterrissou com sucesso na plataforma marinha Jacklyn, situada a 604 quilómetros da costa da Flórida.
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A recuperação bem-sucedida do propulsor posiciona a Blue Origin para competir diretamente com a SpaceX, que já havia alcançado esse feito há uma década com o foguete Falcon 9. A empresa atrásra precisa provar sua capacidade de reutilizar o booster recuperado.
A habilidade de recuperar e reutilizar um propulsor é fundamental para as ambições espaciais da Blue Origin, que assim como a SpaceX, deseja participar da nova “corrida” à Lua. Vale lembrar que, devido aos atrasos no desenvolvimento de uma versão da Starship para a missão Artemis III, a NASA indicou que estava considerando outras alternativas, abrindo caminho para concorrentes como a Blue Origin.
Cerca de 34 minutos após o lançamento, o New Glenn inseriu com êxito a missão da NASA em órbita. Em 2023, a Blue Origin já havia sido selecionada pela NASA para transportar a ESCAPADE, que visaestudar a magnetosfera de Marte.
De acordo com a NASA, a missão irá investigar o campo magnético da atmosfera marciana utilizando dois pequenos satélites idênticos, que fornecerão observações de dois pontos distintos simultaneamente. Espera-se que os satélites levem cerca de 11 meses para alcançar Marte, com mais alguns meses necessários para ajustarem suas órbitas.
As observações realizadas durante a missão vão ajudar os cientistas a entender como a magnetosfera de Marte interage com o vento solar, além de permitir uma melhor avaliação da meteorologia espacial para proteger astronautas e satélites em órbita da Terra, bem como aqueles em missões de exploração no sistema solar.
Segundo um comunicado de Nicky Fox, diretora adjunta do departamento de missões científicas da NASA, a ESCAPADE faz parte da estratégia da agência para “compreender o passado e o presente” de Marte, em preparação para as primeiras missões tripuladas ao planeta.
“Compreender o clima espacial marciano é uma prioridade para as futuras missões, pois nos ajuda a proteger sistemas, robôs e, acima de tudo, seres humanos, em ambientes extremos”, enfatiza a responsável.
