Google planeja levar datacenters de IA para o Espaço, mas não é a única na “corrida

Google planeja levar datacenters de IA para o Espaço, mas não é a única na "corrida

A explosão da Inteligência Artificial e a crescente demanda por poder de processamento estão levando à necessidade de novas soluções. Durante anos, os datacenters funcionaram como verdadeiras fortalezas, otimizando conexões de telecomunicações, fornecimento de energia e sistemas de refrigeração. Uma possível solução que pode atender a essas necessidades é a migração das infraestruturas para a órbita terrestre.

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Atualmente, a Starcloud está na vanguarda dessa ideia, com planos de lançar seu primeiro satélite equipado com uma GPU Nvidia H100 ainda este ano. Este satélite servirá como um teste para avaliar a viabilidade de um projeto que pretende construir um datacenter de 5 Gigawatts no Espaço.

O projeto, que contará com a colaboração da Rendezvou Robotics, permitirá o uso de soluções robóticas para colocar os datacenters em órbita, tornando-os autoexpansíveis e autorreparáveis.

A robótica espacial resolverá questões de manutenção e escalabilidade, transformando o que seria um projeto estático em uma infraestrutura dinâmica adaptável às demandas de processamento de dados e IA.

O potencial dessa ideia não passou despercebido pelos gigantes do setor, com a Google confirmando que está explorando o uso de datacenters baseados em satélites através de iniciativas como o Project Suncatcher. Embora haja poucos detalhes disponíveis, o interesse da empresa em posicionar hardware de IA em órbita reforça a crença de que o Espaço oferece vantagens exclusivas que a Terra não pode mais fornecer.

Elon Musk, reconhecido como um dos principais impulsionadores da infraestrutura espacial moderna por meio da SpaceX, também confirmou que a empresa está explorando essa possibilidade. A nova geração de satélites Starlink v3, que promete uma transmissão de dados de até 1 Tbps (em comparação com os 100 Gbps dos atuais Starlink v2), será projetada com capacidades que permitirão integrar funcionalidades computacionais avançadas, transformando a vasta rede de satélites em um poderoso centro de dados distribuído.

Ainda em outubro, durante uma entrevista na Italian Tech Week em Turim, Jeff Bezos afirmou que planeja avançar na criação de centros de dados no Espaço, transferindo essas infraestruturas poluentes e grandes consumidoras de energia para fora da Terra. Para o fundador da Amazon, o Espaço oferece a vantagem de capturar até oito vezes mais energia solar por unidade de área, tornando possível desenvolver datacenters muito mais eficientes do que na Terra.

A migração para o Espaço não é apenas uma demonstração técnica; ela traz vantagens reais. Um sistema de computação baseado em uma rede de satélites pode reduzir significativamente a latência em aplicações críticas, especialmente em áreas remotas. Além disso, o ambiente espacial pode oferecer benefícios no resfriamento passivo do hardware, um desafio crescente para os datacenters convencionais.

No entanto, essa solução também traz novos desafios, sendo o mais crítico a proteção dos componentes eletrônicos contra radiação espacial. Além disso, haverá complexidades logísticas e custos associados ao lançamento de hardware para o Espaço, sendo necessário desenvolver sistemas robóticos extremamente confiáveis para manutenção remota eficaz, dispensando a intervenção humana e os custos associados a isso.

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