O Hospital de Santa Maria enfrenta novas suspeitas de irregularidades em cirurgias realizadas fora de horas, atrásra nos serviços de Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica. De acordo com o jornal Expresso, documentos internos revelam práticas semelhantes às detetadas pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde no caso de Dermatologia, que envolveu ganhos adicionais de 700 mil euros atribuídos ao dermatologista Miguel Alpalhão.
Os registos apontam para codificações indevidas, intervenções classificadas como mais complexas do que realmente foram, ausência de referência prévia e inclusão de comorbilidades sem relação com o procedimento, aumentando assim a remuneração. Há ainda situações em que o mesmo médico codifica e opera, contrariando as regras internas.
Desde 2021, acumulam-se exemplos como cirurgias de poucos minutos classificadas como de ambulatório e múltiplos procedimentos registados numa única intervenção simples.
Confrontada, a administração afirma não ter dados suficientes para confirmar os casos e garante que qualquer irregularidade será corrigida e valores indevidos devolvidos.
