Início da Vacinação contra Gripe e Covid-19 nesta Terça-feira

A campanha de vacinação contra a gripe e a covid-19 começa nesta terça-feira em unidades do SNS e farmácias, com o objetivo de imunizar 2,5 milhões de pessoas contra a gripe e 1,5 milhões contra a covid-19 até ao Natal, conforme anunciado pela Direção-Geral da Saúde.

Sob o lema “Vacine-se e proteja os momentos mais importantes”, a campanha sazonal introduz como novidade a vacinação gratuita contra a gripe para todas as crianças entre os seis e os 23 meses, e com comparticipação para as crianças entre os dois e os cinco anos, conforme informou à agência Lusa o subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos.

“Este ano temos uma novidade que se deve ao fato de que em bebês e crianças até aos cinco anos, a gripe pode causar doenças que muitas vezes resultam em internamentos, embora felizmente a recuperação seja total”, enfatizou.

André Peralta Santos lembrou que devem vacinar-se contra a gripe e a covid-19 as pessoas com mais de 60 anos, os doentes crónicos de todas as idades e os profissionais de saúde, reafirmando a importância da imunização contra esses vírus que “continuam a causar doenças graves, especialmente entre os mais idosos”.

As pessoas com idades entre 60 e 84 anos podem vacinar-se a partir do centro de saúde ou nas farmácias. Assim como na campanha anterior, os maiores de 85 anos, que estão em maior risco de desenvolver gripe grave, terão acesso “a uma vacina com uma dose reforçada que proporciona uma proteção extra”.

André Peralta Santos garantiu que há vacinas disponíveis para todas as pessoas elegíveis, e destacou que o objetivo é vacinar aproximadamente 2,5 milhões contra a gripe e 1,5 milhões contra a Covid-19 antes do Natal.

<p“Isto é importante e está relacionado com o lema deste ano”, acrescentou, explicando que durante o inverno ocorrem “momentos muito importantes” de festividades, tornando essencial que as pessoas se vacinem até, idealmente, 15 de dezembro, embora a campanha se estenda ao longo do inverno.

No que diz respeito à hesitação vacinal, o subdiretor-geral da Saúde reiterou que as vacinas contra a gripe e a Covid-19 são “muito seguras” e representam o “meio mais simples e eficaz” para prevenir doenças graves causadas por esses vírus.

<p“Anualmente, sabemos que a gripe, especialmente nos meses de dezembro e janeiro, atinge um pico de incidência, e é bastante frequente. Portanto, queremos que os portugueses se vacinem para se protegerem contra a doença grave”, enfatizou.

Questionado sobre a atual circulação do vírus da covid-19, André Peralta Santos explicou que, apesar do aumento observado durante os meses de verão, não houve impactos nos serviços de saúde, ao contrário do que aconteceu nos primeiros anos da pandemia.

<p“O vírus continua a causar doenças graves, embora felizmente em uma escala muito menor do que no passado.” O objetivo é “vacinar o maior número possível de pessoas” para evitar formas graves da doença.

<pNo entanto, ele destacou que “a quantidade de pacientes com Covid-19 não é algo que nos preocupe a ponto de gerar pressão nas urgências ou internações hospitalares”.

A campanha de vacinação sazonal para o outono-inverno de 2025-2026 ocorrerá de 23 de setembro a 30 de abril de 2026 em centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde e farmácias comunitárias.

Numa nota enviada à agência Lusa, a presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Ema Paulino, mencionou que a campanha será realizada em 2.500 farmácias, focando na população entre 60 e 84 anos.

Ema Paulino alertou para o aumento da hesitação vacinal e da desinformação, tanto a nível nacional quanto internacional, pedindo confiança na ciência.

<p“A vacinação é um ato seguro, rápido e eficaz de proteção tanto individual quanto coletiva”, destacou, incentivando as pessoas elegíveis a agendarem já a sua vacinação, preparando-se para “os meses de maior circulação de vírus”.

O subdiretor-geral da Saúde apelou aos pais para que vacinem os seus bebês e crianças entre os seis meses e os dois anos contra a gripe, com o intuito de evitar casos graves da doença e internações.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) também recomenda a vacinação das crianças entre os dois e os cinco anos para prevenção de doenças graves. Nesses casos, a vacina é comparticipada.

A autoridade de saúde justifica essa decisão com dados que mostram que “esta faixa etária apresenta taxas de hospitalization e cuidados intensivos comparáveis às observadas entre os idosos”.

Em declarações à Lusa, André Peralta Santos ressaltou que esta recomendação não é exclusiva de Portugal, mencionando que “há outros países da União Europeia e, por exemplo, o Reino Unido, que não faz parte da União Europeia, que também recomendam a vacinação da gripe para crianças”.

O responsável explicou que as crianças podem desenvolver “doenças graves, que muitas vezes resultam em internações”, embora “felizmente, não levem a óbitos, como ocorre entre os idosos”.

<p“É um evento extremamente raro”, disse André Peralta Santos.

Além das internações causadas diretamente pela gripe, o subdiretor-geral alertou sobre o risco de infecções secundárias.

<p“Após um episódio de gripe, é comum que as crianças sofram de outras infecções bacterianas, pois ficam mais vulneráveis a estes problemas. O que está comprovado é que temos uma vacina segura, que protege essas crianças de episódios de gripe, permitindo que passem o inverno com menos enfermidades”, defendeu.

<pDiante dessa realidade, o subdiretor-geral deixou “um apelo a todos os pais” para que vacinem seus bebês e crianças dos seis meses aos dois anos com a vacina contra a gripe.

<p“Podem entrar em contato com o seu centro de saúde ou, eventualmente, receber uma chamada do seu enfermeiro de família para agendar a vacinação, se assim desejarem”, disse, ressaltando que “a vacinação é sempre uma escolha livre”.

No que se refere às crianças entre os dois e cinco anos, ele sugeriu que os pais conversem com o médico de família ou o pediatra que acompanha a criança para discutir a vacinação.

<pCaso decidam vacinar, “é passada uma receita” da vacina contra a gripe, que pode ser administrada no centro de saúde.

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