Maria Manuel Mota aceitou há um ano o desafio de implementar o GIMM, fruto da fusão entre o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM). Ela descreve essa experiência como fascinante, porém complexa, uma vez que envolve a união de diferentes identidades e visões em torno de um propósito comum.
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Em sua participação no evento Conversa sobre o Futuro do Conhecimento na Livraria Lello, organizado e moderado pelo economista Jaime Quesado, a cientista e investigadora enfatizou a necessidade de um choque de conhecimento em Portugal, destacando que essa responsabilidade cabe a todos, especialmente àqueles que ocupam cargos de gestão em organizações públicas e privadas, conforme nota divulgada pelos organizadores.
Reconhecida em 2013 com o Prémio Pessoa e em 2018 com o Prémio Pasteur, Maria Manuel Mota é citada como um exemplo de liderança científica. Um dos objetivos do GIMM é transformar o conhecimento em um instrumento de democratização e qualificação da sociedade, tarefa desafiadora que requer a mobilização de vontades e apoio, frequentemente demorados. No caso do GIMM, a contribuição da Família Soares dos Santos para o projeto, atrásra consolidado em áreas críticas como o câncer, foi considerada essencial.
Durante o evento, Cláudio Sunkel, Diretor do I3S, instituto da Universidade do Porto com 1400 colaboradores e resultado da fusão de três organismos, observou que ser cientista e gestor são papéis distintos, e que conciliar as duas funções nem sempre é simples.
Na mesma ocasião, Joaquim Silva Rodrigues, ex-membro da Comissão Europeia em Bruxelas, argumentou que o conhecimento precisa adquirir valor empresarial, destacando que isso requer foco em projetos e avaliação de resultados. Assim, entidades como o CEIIA, que atua nas áreas de mobilidade, espaço e aeronáutica, têm se expandido, conforme ressaltou seu CEO, José Rui Felizardo, citando exemplos dessa iniciativa.
Além disso, é fundamental ter um sentido de bem comum, conforme destacou Pedro Pinto, anfitrião do evento, que enfatizou a importância de os responsáveis por empresas e universidades mobilizarem as novas gerações para um contrato de confiança em relação ao futuro.
