A Câmara Municipal de Sintra apresenta, no MU.SA — Museu das Artes de Sintra, as exposições “A Montanha: paisagens de Sintra nas coleções municipais” e “Touch Scream”, que podem ser visitadas gratuitamente de 3 de outubro a 7 de dezembro.
Com curadoria de Victor dos Reis, a exposição “A Montanha: paisagens de Sintra nas coleções municipais” celebra os 30 anos da classificação de Sintra como Paisagem Cultural da Humanidade. Esta comemoração é, simultaneamente, uma homenagem a Sintra, à sua paisagem natural, inextricavelmente ligada a esta pequena montanha, e à paisagem moldada ao longo de gerações.
A exposição foca-se nas representações de Sintra, especialmente a partir do século XIX, onde a região é vista como um cenário, uma paisagem de características únicas. Cada imagem, artefacto ou objeto representa visualmente essa ideia de paisagem privilegiada ao longo do tempo.
As peças selecionadas pertencem a diferentes coleções municipais, que, reunidas no mesmo espaço, permitem fazer percursos e estabelecer associações entre si. Assim, ajudam a entender como, atualmente, a nossa percepção de Sintra, lembrada ou imaginada, é uma construção cultural influenciada pelo olhar dos artistas-viajantes, que ascenderam à montanha ou a representaram à distância ao longo dos anos.
A exposição “Touch Scream,” de Nádia Duvall e com curadoria de Manuel Furtado, propõe uma experiência imersiva onde arte e tecnologia se entrelaçam, desafiando as fronteiras entre o real e o imaginário.
Segundo a artista, “o título da exposição sugere uma interação filosófica e conceitual com as obras, cada uma contendo um ‘grito’ desesperado, simbolizando a expressão visceral, emocional e autêntica da vivência de ser mulher, artista e mãe. O toque refere-se não apenas à tecnologia táctil, mas à dimensão psicoafetiva da maternidade e à possibilidade de ser tocado pelos gritos silenciosos dessas obras”.
Cada peça na exposição inclui um elemento verde, referência ao Green Screen do cinema e à confusão entre screen e scream, permitindo uma interpretação dupla entre o ecrã e o grito. Este recurso, amplamente utilizado na indústria cinematográfica, facilita a criação de mundos fictícios e realidades alternativas.
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