Em linha reta, Almaraz dista 175 km de Portalegre e 160 km de Castelo Branco, que são as capitais de distrito mais próximas da central.
O fechamento das centrais nucleares na Espanha tem sido um tema central na agenda política do país vizinho. Enquanto o Governo do PSOE defende o encerramento, a oposição apoia a manutenção das centrais, especialmente após o apagão ibérico ocorrido em 28 de abril.
O principal acionista é a Iberdrola, detentora de 53%, seguida pela Endesa e Naturgy, ambas com 36% cada uma.
A empresa lembrou recentemente aos investidores que, conforme o protocolo assinado em 2019, a central Almaraz I fechará em novembro de 2027 e a Almaraz II em outubro de 2028, resultando em uma redução de 550 MW na capacidade total da Iberdrola, que é de 1,5 gigawatts.
A Endesa, outro dos acionistas, também comentou sobre o assunto. Seu presidente afirmou que as negociações com o Governo de Pedro Sánchez para adiar o fechamento estão paralisadas.
José ‘Pepe’ Bogas expressou otimismo em relação a um possível acordo entre as empresas elétricas e o Governo, ressaltando que os armazéns temporários de resíduos (ATI) não estão prontos, conforme prometido em 2019.
“O fechamento de Almaraz não faz sentido”, defendeu o executivo. “Não é prático. Ou fecha tudo em 2027 ou em 2028”, destacou, referindo-se ao protocolo que prevê um fechamento gradual.
Por outro lado, as organizações ambientalistas portuguesas comemoram a confirmação do calendário de fechamento. “Acredito que é uma boa notícia, pois Almaraz é uma das centrais nucleares mais antigas da Espanha, com cerca de 45 anos de operação, o que aumenta consideravelmente as pausas para manutenção e o risco de avarias”, afirmou Miguel Macias Sequeira, do GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente.
