MADRI 20 Out. (EUROPA PRESS) –
O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, apoiou nesta segunda-feira a proposta de proibir o uso de velos integrais, como o burca ou o niqab, em espaços públicos, apelando a uma questão de segurança, sem querer entrar em “questões filosóficas” mais profundas.
“Tenho uma opinião muito clara com respeito ao procedimento legislativo na Assembleia da República”, disse Montenegro, ao término de uma reunião de líderes europeus na Eslovênia, na qual foi questionado expressamente sobre a proposta inicialmente impulsionada pela ultradireita e também apoiada pelos partidos do governo.
“Se eu fosse deputado, teria votado a favor”, afirmou, alegando que está em jogo “o direito à segurança e à percepção de segurança”. Nesse sentido, sublinhou que “o direito à liberdade de uma pessoa termina quando esse direito colide com os dos outros”.
Por sua vez, o líder do Chega, André Ventura, ironizou nesta segunda-feira nas redes sociais com aqueles que ameaçam deixar Portugal se a lei for promulgada. “Até a próxima, não voltem”, disse em sua conta no X, com um vídeo que deixou claro que não haverá mudanças.
