O cofundador da Roi anunciou em sua conta na rede social X que a OpenAI adquiriu a empresa. “Iniciámos a Roi há três anos com o objetivo de tornar o investimento acessível a todos, oferecendo a experiência financeira mais personalizável possível. Durante essa jornada, percebemos que a personalização não é apenas o futuro das finanças, mas também do software”, afirmou na mensagem.
Embora o cofundador tenha destacado a aquisição como um “grande passo para a Roi”, de acordo com o TechCrunch, a aplicação será encerrada e, dos quatro membros da startup, apenas o CEO se juntará à OpenAI. Os termos do negócio não foram divulgados, mas a empresa encerrará suas operações e servirá clientes até o dia 15 de outubro. Neste ano, a OpenAI tem realizado diversas aquisições, incluindo a Contex.ai, Crossing Minds e Alex, conforme a publicação.
A aquisição da Roi, apesar de não incorporar a empresa ao futuro da OpenAI, está alinhada com a estratégia de personalização e gerenciamento da vida dos usuários por meio da inteligência artificial. Desde a sua fundação em 2022, a Roi angariou 3,6 milhões de dólares em financiamento inicial, contando com investidores como Balaji Srinivasan, Spark Capital, Gradient Ventures e Spacecadet Ventures.
A aplicação financeira buscava agregar todas as fontes financeiras do usuário em um só lugar, incluindo ações, criptoativos, NFTs e outros. Ela permitia consultar fundos, obter insights e ajudar em transações. Possuía um assistente de IA que podia ser personalizado quanto à maneira de interagir com o usuário. A flexibilidade de personalização pode ter atraído a OpenAI mais do que a ajuda na gestão financeira. A filosofia da empresa focava em aprender e adaptar-se ao usuário, com uma comunicação mais pessoal e humanizada.
Enquanto a OpenAI continua a realizar aquisições estratégicas para seu ecossistema de IA, um de seus principais projetos é o desenvolvimento de um gadget baseado em inteligência artificial. Este é um dos projetos mais ambiciosos da empresa e envolve Jony Ive, o ex-designer da Apple responsável por diversos produtos icônicos, como iPhone e iPad. Ainda não houve um anúncio oficial e pouco se sabe sobre o produto. Em junho, o protótipo não estava finalizado e o lançamento do produto final está previsto para acontecer pelo menos em um ano.
Uma reportagem do Financial Times relata que a empresa e o designer enfrentam dificuldades técnicas na criação do dispositivo, que se descreve como compacto, sem tela, e capaz de analisar sons e visuais ao seu redor, respondendo aos comandos dos usuários. Entre os desafios estão questões de privacidade, definição da “personalidade” do aparelho e infraestrutura computacional, os quais podem atrasar o lançamento, inicialmente previsto para 2026.
A privacidade parece ser o principal obstáculo na produção desse equipamento. O aparelho, que permanece sempre ligado, está sempre atento ao que ocorre ao seu redor, o que gera dificuldades em determinar quando deve interagir de maneira apropriada com os usuários.
