Supremo do Brasil mantém sentença contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado

Supremo do Brasil mantém sentença contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado

MADRID 17 de nov. (EUROPA PRESS) –

O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil rejeitou definitivamente neste domingo os recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro contra sua condenação a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, e também recusou os apelos dos demais membros do grupo de acusados liderados pelo ex-mandatário, mantendo assim as respectivas sentenças contra todos eles.

Em uma votação unânime, a Primeira Turma do STF negou as chamadas solicitações de esclarecimento — que permitem à defesa pedir esclarecimentos sobre possíveis contradições, omissões ou dúvidas sobre os argumentos dos juízes — após o prazo para estudar e analisar os recursos, depois que os magistrados anunciaram suas respectivas posições na semana anterior.

Assim, ratificaram formalmente as sentenças após o voto a favor dos quatro juízes que compõem o colegiado. O que seria o quinto, Luiz Fux, não participou porque passou a fazer parte da segunda turma do alto tribunal a seu pedido, após se pronunciar a favor da absolvição de Bolsonaro.

Assim, foram rejeitados os pedidos da defesa — como a redução das penas ou a facilitação do cumprimento em regime aberto — e permanece a publicação da sentença, sem data definida até o momento, que decretará a detenção e o local onde cumprirão suas condenações os integrantes do primeiro grupo de acusados pela trama golpista de 2022, que inclui os ex-ministros da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto; o de Justiça, Anderson Torres, ou o ex-almirante de Marinha, Almir Garnier.

Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão ao ser declarado culpável de organizar uma trama para perpetuar-se no poder, cometendo os crimes de golpe de Estado, abolição do Estado de direito, constituição de uma organização criminosa armada, danos agravados ao patrimônio público e deterioração de patrimônio histórico. Sua sentença inclui, além disso, uma inelegibilidade de até oito anos após o término de sua condenação, prazo que, se não houver reduções da mesma, deve expirar em 2060, quando o ultradireitista teria, hipoteticamente, 105 anos.

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