O YouTube concordou em pagar 24,5 milhões de dólares a Donald Trump a título de indemnização, quantia que será destinada ao financiamento de uma nova sala de baile na Casa Branca e a um grupo cívico. Esse desfecho resulta de um processo judicial iniciado pelo atual presidente dos Estados Unidos, após o seu canal na plataforma de vídeos ter sido banido em 2021.
A sanção ocorreu após Trump ter perdido as eleições para Joe Biden, um processo que o ex-presidente considerou fraudulento e que resultou em uma série de tumultos provocados por seus apoiadores, culminando no ataque ao Capitólio.
O YouTube suspendeu o canal de Trump por considerar que divulgava mensagens que incitavam ao ódio, uma decisão que outras redes sociais também tomaram na mesma época, limitando severamente a presença online do candidato derrotado. Em 2023, o bloqueio foi suspenso, mas Donald Trump optou por continuar com a ação legal, que atrásra se encerra com este acordo.
O mesmo tipo de negociação resolveu outros processos movidos pelo presidente contra várias empresas de tecnologia. A Meta, por exemplo, já aceitou pagar 25 milhões de dólares para resolver um processo relacionado com o bloqueio das contas do republicano no Facebook e Instagram. A rede social X pagou 10 milhões de dólares. Em todas essas plataformas, os processos judiciais continuaram mesmo após a suspensão das contas ser levantada, em 2023, um ano depois do lançamento da própria rede social de Trump.
Além disso, a Disney também havia assinado um acordo com Trump, resultando em uma doação de 15 milhões de dólares para a futura biblioteca presidencial. Esse acordo encerrou um processo de difamação movido por Donald Trump após uma entrevista conduzida por George Stephanopoulos na ABC.
A maior parte da indemnização que o YouTube concordou em pagar (22 milhões de dólares) será destinada à nova sala de baile da Casa Branca. Cerca de 2,5 milhões de dólares serão doados ao grupo Plaintiffs American Conservative Union, uma organização cívica que também processou o YouTube pelas mesmas razões, tendo seus canais na plataforma suspensos na mesma época.
