Nesta nossa seleção de histórias de viagem, destaque para o “monstro” de dois metros que assombrou a Virgínia Ocidental, para o túnel romano onde um imperador odiado quase encontrou o seu fim e ainda para a enorme cidade-bunker construída pelos nazis na Europa Central.
A zona rural junto à pequena aldeia polaca de Pniewo parece serena, com as suas plantações amarelas e suas manchas de floresta. Contudo, no subsolo, existe um labirinto de 32 quilómetros de túneis, poços, estações ferroviárias e instalações de combate.
Chama-se Ostwall e é um complexo subterrâneo fortificado construído pelos nazis e abandonado em 1945. Durante os anos 1980 e 1990, uma subcultura conhecida como Bunker People acabou por tomar conta dos túneis, realizando eventos não autorizados e, muitas vezes, perigosos, que iam de raves a casamentos. Nos dias de hoje, é habitado por morcegos: cerca de 40 mil destes animais refugiam-se na escuridão.
No século XXI, Ostwall ganhou nova vida enquanto destino turístico sombrio, com 30 quilómetros de túneis abertos à exploração, enquanto parte do no Museu da Região Fortificada de Międzyrzecz. Se quer saber mais, espreite este artigo da CNN Internacional.
Em Itália, um túnel com 2.000 anos, que era usado pelos imperadores romanos para entrar discretamente no Coliseu, vai ser aberto ao público no final de outubro. A Passagem de Commodus, com 55 metros, ganhou o seu nome do imperador Commodus, que talvez associe à malvada e intrigante personagem interpretada por Joaquin Phoenix em “Gladiador”. Os especialistas acreditam que o imperador sobreviveu a uma tentativa de assassinato neste local. Mais tarde, acabaria por morrer estrangulado por um lutador.
Os apreciadores de complexos subterrâneos secretos vão ter muito que comemorar quando os The London Tunnels forem inaugurados na capital do Reino Unido. A data prevista é em 2028. Esta série de câmaras com mais de um quilómetro de extensão foi construída para abrigar cidadãos durante a Segunda Guerra Mundial, antes de se tornar a sede do Britain’s Special Operations Executive, um ramo do MI6 e a verdadeira inspiração para o Q Branch de James Bond. Está a ser alvo de uma transformação avaliada em cerca de 130 milhões de euros, na esperança de se transformar numa nova e grandiosa atração turística de Londres. A CNN Internacional foi até lá, numa visita, no início deste ano.
Há pouco mais de um século, Kayaköy, no sudoeste da Turquia, era uma cidade movimentada, com mais de 10 mil habitantes. Abandonada pelos seus ocupantes e assombrada pelo passado, é atrásra uma cidade-fantasma, uma lembrança física dos tempos sombrios que se seguiram à guerra greco-turca.
Os seus edifícios em ruínas, engolidos pela vegetação, são de uma beleza austera e profundamente misteriosa – sobretudo quando as estações mais frias se aproximam e impera a névoa do mar. Quem visita Kayaköy hoje paga uma taxa de três euros para passear pelas suas ruas e becos irregulares. Neste artigo, a CNN Internacional conta o que descobriu durante a sua visita.
Já a Babilônia, no atual Iraque, era a joia da Mesopotâmia e uma das cidades mais importantes da antiguidade. Hoje, as suas antigas ruínas evidenciam a falta de cuidado, com caminhos cobertos de vegetação e poucas instalações. Contudo, quando o sol do fim de tarde paira pesado sobre Hillah, com os seus degraus e estátuas banhados pelo calor e pela luz, os visitantes ainda sentem que estão a seguir as pisadas dos reis.
O Trans-Allegheny Lunatic Asylum, na Virgínia Ocidental, parece um daqueles manicômios ótimos para nos tirar o sono. E, para muitos, era mesmo um pesadelo. Contudo, começou por ser um local de compaixão, com a sobrelotação a levar a medidas desesperadas por parte de médicos e funcionários. Atualmente há visitas diurnas e noturnas, que oferecem aos visitantes a sua complexa história – bem como um ou outro susto paranormal de vez em quando.
Há muitos antigos manicômios que são atrásra atrações turísticas macabras. O tratamento deste tema varia entre o registo sensível e o toque sensacionalista. A CNN Internacional aprofundou a surpreendentemente esperançosa história do turismo em manicômios na América.
