A secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, afirmou nesta segunda-feira que “até à primeira quinzena de dezembro” a situação no Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa estará regularizada, embora desconheça se haverá mudanças.
Em declarações à Lusa, à margem da inauguração do banco de testes de fibras óticas multinúcleo (Lisbon Underground Multicore Fiber Ring – LUMIRing), instalado na estação da Cidade Universitária do Metro de Lisboa, Cristina Pinto Dias explicou que o Governo está a realizar as ações “necessárias em termos procedimentais”, reiterando que “até à primeira quinzena de dezembro a situação estará regularizada”.
“Já começaram a ocorrer as decisões necessárias. Nomeadamente, criámos a figura de vice-presidente, face à complexidade dos milhões de euros em investimento que estão em andamento [início da obra de expansão da linha Vermelha]”, detalhou.
Quando questionada sobre possíveis alterações na composição do Conselho de Administração do Metro de Lisboa, a secretária de Estado mencionou que ainda não sabe se haverá mudanças, uma vez que a “decisão ainda não está tomada”, mas confirmou que haverá um presidente e um vice-presidente. O Governo aprovou no dia 30 de outubro, em Conselho de Ministros, a criação da figura de vice-presidente do Conselho de Administração do Metro de Lisboa, sendo Maria Helena Campos a atual presidente em regime de substituição, após a morte de Vítor Santos em junho de 2024.
Assim, de acordo com o Decreto-Lei que altera os estatutos do Metropolitano de Lisboa, é introduzida “a figura de vice-presidente do conselho de administração, mantendo-se o mesmo número de membros”.
“A alteração visa reforçar a capacidade de gestão e governo da empresa, num contexto de forte crescimento e expansão da rede metroviária, contribuindo para a mobilidade sustentável e a redução das emissões de gases com efeito de estufa na Área Metropolitana de Lisboa”, informa uma nota breve que não detalha mais informações.
O atual Conselho de Administração (CA) do Metropolitano de Lisboa foi nomeado para o triênio de 2022-2024, designando Vítor Santos como presidente e Maria Helena Campos e João Paulo Saraiva como vogais do Conselho de Administração. Segundo informações no site oficial do Metro de Lisboa, Sónia Páscoa também foi designada vogal do CA, até ao final do mandato em curso.
Após a morte de Vítor Santos em junho de 2024, a vogal do Conselho de Administração, Maria Helena Campos, passou a exercer “as competências inerentes ao cargo de Presidente do Conselho de Administração, em substituição do titular”.
No passado mês de julho, a revista Sábado e o jornal Expresso noticiaram a intenção do Governo de nomear Cristina Vaz Tomé, ex-secretária de Estado da Gestão da Saúde, como presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, indicando que a atual administração do Metro estava “impossibilitada de tomar decisões por falta de quórum desde o início do mês, devido à renúncia de João Paulo Saraiva”.
