Apenas três alunos ingressaram no mestrado integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto (UP), de acordo com os resultados da 2.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) divulgados hoje pela Direção-Geral de Ensino Superior (DGES).
O curso de Medicina da Universidade do Porto mantém-se como a formação com a nota média de acesso mais elevada, uma vez que o último aluno a ser admitido na 2.ª fase do concurso nacional obteve uma média de 19,38 valores.
Além disso, não é apenas o curso de Medicina que apresenta uma alta exigência: outros dois cursos na Universidade do Porto e um na Universidade de Lisboa também admitiram apenas alunos com médias superiores a 19 valores, numa escala de zero a 20.
O último aluno a ser aceito no curso de Engenharia e Gestão Industrial, da Faculdade de Engenharia da UP, teve uma média de 19,35, ocupando a segunda posição no ‘ranking’.
Em terceiro lugar, encontramos o curso de Engenharia Aeroespacial, do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, que também é conhecido por ter uma alta dificuldade de acesso devido às suas médias exigidas. Nesta 2.ª fase, apenas dois alunos conseguiram ser admitidos, com a média mais baixa ficando em 19,25 valores.
Além disso, quatro alunos foram aceitos no mestrado integrado em Arquitetura da UP, com a média mais baixa sendo de 19,18.
No total, 29 cursos tiveram 109 estudantes admitidos com notas excelentes, visto que os alunos com a média mais baixa tinham, no mínimo, 18 valores.
Na 1.ª fase do CNAES, o curso de Engenharia Aeroespacial na Universidade do Porto destacou-se com a média mais alta: 19,43 valores. Seguiram-se os cursos de Medicina, Matemática Aplicada à Economia e Gestão, e Bioengenharia, onde apenas foram colocados alunos com uma média mínima de 18 valores.
Observando a 2.ª fase, destacam-se 36 cursos em que houve candidatos com médias inferiores a 11 valores que, mesmo assim, conseguiram uma vaga.
O topo dessa lista é ocupado pela licenciatura em Ciências Florestais e Recursos Naturais, da Escola Superior Agrária de Coimbra, onde apenas um aluno foi admitido com 10 valores, deixando as restantes 14 vagas em aberto.
Adicionalmente, houve 80 cursos que disponibilizaram 1.721 vagas e não receberam nenhuma colocação nesta fase, sendo a maioria das formações oferecidas por institutos politécnicos e apenas 14 por universidades.
Nesta 2.ª fase do CNAES, somente metade dos mais de 16 mil candidatos conseguiu uma colocação em uma instituição de ensino superior pública, resultando em 9.313 vagas disponíveis que poderão ser novamente oferecidas para os alunos que se candidatem à 3.ª fase.
Os alunos agora admitidos devem realizar a matrícula e inscrição entre os dias 15 e 17 de setembro. Para aqueles que desejam tentar a 3.ª fase, as vagas serão divulgadas no dia 22 de setembro no site da DGES.
Os dados divulgados hoje evidenciam que as áreas de saúde e ciências empresariais continuam a ser as mais atrativas para os jovens: na área da saúde, 2.614 jovens se candidataram como 1.ª opção, com menos de metade (1.042) sendo colocados. Na área das ciências empresariais, 2.594 candidatos escolheram essa opção como primeira escolha, resultando em 1.553 colocações.
Somando as duas fases do concurso, até agora há um total de pouco mais de 52 mil caloiros, o que representa quase cinco mil estudantes a menos do que no ano passado.