Pedro Santa Clara, fundador da 42 Lisboa, é enfático ao afirmar que as ferramentas de inteligência artificial são um superpoder que pode multiplicar significativamente a produtividade.
A formação e o trabalho são incógnitas de uma mesma equação, em um cenário marcado por uma variável profundamente disruptiva: a Inteligência Artificial.
“A IA será uma grande alavanca, nos dará superpoderes a todos que a utilizarem. No entanto, primeiro precisamos vencer essa batalha: devemos usá-la. Depois, ela mudará profundamente a forma como trabalhamos, tornando-a muito mais criativa e colaborativa”, destacou Pedro Santa Clara durante um debate em que participaram Marta Cunha, head of Transformation da Sonae, e Eduardo Martinez, ex-aluno da 42 Lisboa e fundador da Carbon.
O catedrático de Finanças e fundador da 42 Lisboa exemplifica com um estudo da BCG, que revelou que um grupo de 50 consultores que usou IA teve um aumento de produtividade de 30% a 50% superior comparado ao grupo que executou as tarefas sem IA. A qualidade do trabalho também melhorou significativamente nos primeiros. Em sua análise, essas ferramentas nivelam o campo. Assim, “quanto menos capacidades e conhecimentos tivermos, mais devemos utilizar”, afirma ele.
Marta Cunha concorda em grande parte com Pedro Santa Clara, ressaltando que com a IA “tudo vai melhorar”. No entanto, ela apresenta uma leve discordância ao concluir que “as distâncias entre os melhores e os piores vão se manter”. A responsável da Sonae explica que, em um cenário de mudança acelerada, onde a profissão de hoje não será a de amanhã, o que realmente conta é que “cada um deve ser responsável pela sua jornada”, e no final “precisa ter a vontade de se desafiar e construir seu próprio caminho”. A “capacidade de se reinventar, aprender e perceber outras nuances” é fundamental.
Marta Dias complementa a discussão destacando a importância de cultivar uma cultura empresarial que favoreça a utilização de ferramentas de IA.
Eduardo Martinez também enfatiza a habilidade do indivíduo em se reinventar como essencial. Esse é o passaporte para o futuro e, na 42, aprende-se “a vencer desafios e a colaborar com colegas e professores”.
