Numa declaração à comunicação social, a candidatura de Henrique Gouveia e Melo critica a Lusa por ter publicado uma notícia falsa com o título “Presidenciais: Gouveia e Melo revela que foi tentativa de Marcelo para o travar que o levou a candidatar-se”, considerando-a desprovida de rigor e chamando à necessidade de corrigir os factos apresentados.
Na apresentação oficial da sua candidatura à Presidência da República, realizada em Lisboa a 29 de maio de 2025, o Almirante Henrique Gouveia e Melo expressou a sua posição.
A candidatura de Gouveia e Melo afirmou que, no momento da sua decisão de se candidatar, não houve qualquer menção ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ou a quaisquer declarações suas, como pode ser verificado nas páginas 123, 124 e 125 do livro “As Razões”.
Além disso, o comunicado da candidatura considera a notícia da Lusa como falsa e, por isso, exigiu a publicação de um esclarecimento, afirmando que “na política e no jornalismo não pode valer tudo”.
Em resposta, a Direção de Informação da Lusa rejeitou as acusações de falsidade e negou veementemente que a agência tenha contribuído para a desinformação ou manipulação das declarações de Gouveia e Melo.
A Direção de Informação lembrou que exatamente como a candidatura de Gouveia e Melo aponta, “na política não pode valer tudo”, reiterando que mantém a veracidade da sua notícia.
De acordo com a nota da Lusa, Gouveia e Melo menciona no seu livro que a decisão de avançar com a candidatura foi influenciada por um artigo do Expresso, publicado a 3 de outubro de 2024, intitulado “Almirante quer mais dois submarinos para ficar na Armada e desistir de Belém”. Ele expressou que ficou indignado com esse artigo, o que o fez “definir o rumo” para a sua candidatura.
A candidatura lamentou que a Lusa, como órgão de comunicação social no serviço público, contribua para a disseminação de notícias que objetivamente visam desinformar e manipular as declarações feitas por Gouveia e Melo.
Essa decisão de concorrer foi motivada pela percepção de que tanto o Presidente da República quanto o Governo não estavam verdadeiramente interessados nas questões da defesa, o que impossibilitava a sua capacidade de fazer a diferença enquanto Chefe do Estado-Maior da Armada.
Segundo o comunicado, a candidatura à Presidência da República surgiu, principalmente, da vontade de continuar a servir Portugal de uma maneira ativa e de contribuir para o futuro do país, em um contexto de instabilidade política interna e incerteza internacional.
Recentemente, a Lusa reportou que Gouveia e Melo decidiu avançar para a candidatura apenas após ler uma notícia no Expresso que indicava que Marcelo Rebelo de Sousa tinha a intenção de impedir a sua candidatura presidencial ao reatribuir-lhe o cargo de Chefe da Armada.
