Bruxelas solicitou esclarecimentos às grandes empresas de tecnologia, como Google, Apple e Microsoft, sobre como estão a monitorizar as suas plataformas em relação a potenciais esquemas financeiros. Esta ação está alinhada com o Digital Services Act, e o não cumprimento pode resultar em pesadas multas.
De acordo com o Financial Times, também foram efetuados pedidos formais à Booking Holdings, a empresa-mãe do portal Booking.com, com o objetivo de entender como gerem as listagens de reservas de hotéis e casas de aluguer. Os reguladores estão igualmente a investigar as lojas de aplicações da Google e Apple em busca de possíveis apps bancárias fraudulentas utilizadas em esquemas. Além disso, Bruxelas está a monitorizar os resultados de pesquisa no Google e Bing da Microsoft em busca de resultados falsos.
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A Comissão Europeia parece decidida a assegurar o cumprimento de todos os aspectos da nova lei DSA, de acordo com Henna Virkkunen, responsável pela pasta de tecnologia na União Europeia, uma vez que a criminalidade tem aumentado e as plataformas online precisam fazer mais para detetar e prevenir conteúdos ilegais. Ela acrescentou que as perdas financeiras devido a fraudes online ultrapassam os 4 mil milhões de euros por ano na União Europeia. O surgimento da IA tem dificultado a deteção deste tipo de esquemas online.
As quatro empresas citadas por Bruxelas deverão responder aos pedidos de informação e, caso infrinjam a lei, poderão ser multadas em até 6% da sua receita anual global, se for comprovado que falharam em combater conteúdos ilegais e desinformação.
