Quando Luís Montenegro, Gonçalo Saraiva Matias ou Miguel Pinto Luz destacam o potencial de Portugal para se tornar um protagonista na revolução tecnológica promovida pela inteligência artificial, não conseguimos evitar um sorriso. É mais forte do que nós. Mas talvez estejamos enganados. Ser campeões? Apenas se for no futebol. Um exemplo válido, tendo em vista que estamos em quinto lugar no ranking da FIFA, na frente de nós estão quatro países com economias e populações mais robustas. E os cinco que aparecem logo a seguir também são grandes nações.
Ao compararmos o crescimento econômico de Portugal com o dos países à nossa frente, temos boas notícias: comemoramos a terceira posição no ano passado e a quarta posição este ano. Nada mal, de fato.
Oferecemos estabilidade macroeconômica. Até o momento, não enfrentamos rupturas evidentes. Apresentamos o sexto maior superávit orçamentário da União Europeia, saímos da lista dos países mais endividados e nosso crescimento nos posiciona no meio da tabela. Para investidores, oferecemos infraestrutura energética e digital avançada, além de um ecossistema de inovação dinâmico. Temos uma boa taxa de emprego e profissionais qualificados, pois investimos em formação e atraímos talentos com um clima agradável, boa gastronomia e segurança.
Quando olhamos para outros destinos de investimento, Portugal se destaca. É um verdadeiro oásis. Um estudo da Católica Lisbon para a Euronext confirma que Portugal está se consolidando como um dos destinos de investimento mais competitivos da Europa, apoiando seu desempenho econômico recente em transformações estruturais de longo prazo.
Agora, imaginem que conseguíssemos resolver os desafios que impede a concretização e o desenvolvimento de projetos, ao mesmo tempo em que evitássemos a criação de novos obstáculos. O potencial é imenso.
