Os pedidos de crédito à habitação e ao consumo continuam a aumentar em Portugal, indicando um maior recurso ao financiamento bancário por parte das famílias.
Os dados mais recentes do ComparaJá, revelam uma tendência clara: os portugueses estão a solicitar cada vez mais dinheiro aos bancos, tanto para adquirir casa como para despesas de consumo. No final de outubro de 2025, o montante em crédito à habitação alcançou os 109,1 mil milhões de euros, mantendo 22 meses consecutivos de crescimento.
Somente no mês de outubro, os bancos concederam cerca de 993 milhões de euros em novos empréstimos imobiliários, um aumento homólogo de 9,4% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, um ritmo não observado desde 2008.
Contudo, não é apenas o crédito à habitação que está a disparar. As operações de crédito ao consumo e para outras finalidades também registaram crescimento, com o stock a subir para 33,4 mil milhões de euros.
O cenário indica que muitas famílias e indivíduos estão a recorrer a empréstimos, seja para realizar o sonho da casa própria, seja para despesas variadas de consumo ou outras necessidades imediatas. Segundo analistas, esta tendência pode refletir desde o reajuste do mercado imobiliário até a persistência de necessidades domésticas, ou ainda uma maior confiança no acesso ao crédito.
Entretanto, este padrão crescente de endividamento levanta questões sobre a sustentabilidade financeira das famílias: solicitar mais crédito implica assumir compromissos de longo prazo e entrar num ciclo de dívida que exige planeamento e cautela.
Especialistas recomendam que todas as decisões sejam tomadas com uma literacia financeira adequada para evitar riscos desnecessários.
