Venezuela: Ameaça para Estrangeiros que Entrarem sem Autorização

Venezuela: Ameaça para Estrangeiros que Entrarem sem Autorização

O Parlamento venezuelano declarou na quarta-feira que a Venezuela é o país do continente americano com mais conquistas no combate ao tráfico de drogas, em resposta ao envio de 4.000 soldados dos Estados Unidos para águas caribenhas como parte de uma operação contra os cartéis narcotraficantes.

Essa afirmação foi feita pelo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, durante uma sessão extraordinária, na qual ele advertiu que as autoridades venezuelanas irão deter estrangeiros que entrarem no país sem autorização.

“Portanto, qualquer estrangeiro que ingressar neste país sem autorização entra, mas não sai; fica aqui. Fica preso, ou fica como ficar, mas fica”, afirmou Jorge Rodríguez.

Ele destacou que não se trata de uma “bravata” ou de uma reação a provocações, mas sim de uma obrigação dos 30 milhões de venezuelanos de “defender o solo sagrado, o céu sagrado, os mares e rios”.

Rodríguez afirmou que “neste continente, não há país com mais vitórias contra o narcotráfico do que a Venezuela, nos últimos tempos. A primeira vitória foi quando Hugo Chávez expulsou da Venezuela a principal traficante de drogas do planeta, chamada DEA. Essa foi a primeira grande ação contra o narcotráfico na Venezuela”, ressaltou.

Além disso, ele convocou os venezuelanos a defenderem a soberania do país, promover a união de todos os setores e informar aos Estados Unidos que devem respeitar a Venezuela e deixá-la em paz.

O presidente da ANV enfatizou que o governo dos Estados Unidos tem como único interesse a destruição dos países e denunciou que as ações agressivas dos EUA contra a Venezuela “são financiadas com dinheiro do tráfico de drogas”.

Durante a sessão, foi aprovado o “Projeto de acordo em apoio e defesa da soberania, da proteção do território, das instituições venezuelanas e da paz”, que prevê a implementação de uma ofensiva diplomática parlamentar contra “as agressões imperialistas”.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira a mobilização de 4,5 milhões de milicianos, parte da Força Armada Nacional Bolivariana, “preparadas, ativas e armadas”, em um que chamou de “plano de paz”.

Essa decisão segue a oferta anunciada pelos Estados Unidos de 50 milhões de dólares por informações que possam levar à detenção do líder venezuelano, acusado por Washington de liderar o Cartel dos Sóis, junto com altos funcionários e militares do governo de Caracas, uma acusação que o chavismo rejeita.

“Esta semana, vou ativar um plano especial para garantir a cobertura com mais de 4,5 milhões de milicianos em todo o território nacional”, afirmou o presidente venezuelano à televisão pública.

Maduro destacou que essa decisão faz parte de um “plano de paz” e pediu às milícias que estejam “preparadas, ativadas e armadas”.

Os Estados Unidos começaram a mobilizar 4.000 agentes — principalmente fuzileiros navais — nas águas da América Latina e do Caribe para combater os cartéis do narcotráfico, além de terem reforçado a presença na região com aviões e navios lançadores de mísseis.

Essa informação foi divulgada na sexta-feira pela CNN, citando fontes da Defesa norte-americana, e posteriormente corroborada por outros meios de comunicação dos Estados Unidos.

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