“A decisão sobre os ativos russos congelados é crucial para nós”, afirmou Volodymyr Zelenski, durante uma conferência de imprensa após uma reunião com líderes de países aliados em Londres e por videoconferência.
O Presidente ucraniano reconheceu que o desbloqueio dos ativos congelados russos pela UE “é crucial” para a Ucrânia e expressou confiança em uma decisão política até o final do ano.
“A decisão sobre os ativos russos congelados é crucial para nós”, reiterou Zelenski em uma conferência de imprensa após a reunião mencionada.
Zelensky explicou que o processo envolve três etapas: decisão política, decisão prática e implementação.
“Ontem [quinta-feira] a decisão política foi um sinal positivo”, comentou, referindo-se às discussões que ocorreram em Bruxelas.
Ele também expressou a expectativa de uma “decisão prática até o final do ano”, e após essa fase, a aplicação: “esperamos para o início do próximo ano”.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, confirmou sua expectativa de uma decisão da UE até o Natal, que garantiria o financiamento para a Ucrânia nos próximos anos sem onerar os contribuintes europeus.
“Alguns colegas acreditam que esta solução é mais difícil do que eu, mas precisamos resolver os problemas”, admitiu, alertando que “a alternativa não pode ser deixar a Rússia vencer a guerra”.
A Comissão Europeia propôs a mobilização de ativos russos congelados desde o início da invasão da Ucrânia para continuar a financiar Kiev como um “empréstimo de reparação”, que pode totalizar 140 bilhões de euros.
No entanto, as discussões no Conselho Europeu de quinta-feira terminaram em impasse devido às garantias exigidas pela Bélgica, que abriga a maioria dos bens russos congelados e não deseja arcar com todos os riscos legais e financeiros envolvidos.
Nesse mesmo dia, a UE aprovou o 19.º pacote de sanções contra a Rússia, que inclui a suspensão total das importações de gás natural liquefeito (GNL) russo até o final de 2026, um ano antes do previsto.
Frederiksen reconheceu que “chega tarde”, em resposta a um jornalista, enquanto Zelensky afirmou que “é melhor atrásra do que nunca”.
“É importante que nossos parceiros se concentrem no que é mais prático e eficaz”, acrescentou o presidente ucraniano, destacando que “é fundamental que todos concordem”.
“A frente de combate precisa de atenção substancial”, reiterou a necessidade de mísseis de longo alcance para atingir território russo, pois “quanto mais perdas Putin tiver em seu território, menos ataques conseguirá fazer na frente de combate e mais rápido terá que aceitar a diplomacia”.
No entanto, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, esclareceu que cabe a cada país decidir sobre o fornecimento de mísseis de cruzeiro Tomahawk.
“Os EUA já estão fornecendo vários tipos de armas à Ucrânia”, lembrou, incluindo equipamentos que apenas Washington pode disponibilizar e que protegem a população e as infraestruturas civis.
